sábado, 16 de janeiro de 2016

Escritos Gelados

Anne uma vez disse que o papel tem mais paciência que as pessoas, isso é uma verdade. Ele recebe incontáveis sentimentos do escritor em silêncio, aceita seus contos, suas frases em avulso, seus pedaços jogados.
Teria mesmo o papel toda essa paciência? O que pensaria ele ao sentir a caneta deslizando em seu universo? Nada?
Infinitas possibilidades, dores são transformadas em poemas frios e melancólicos como o inverno, a alegria e o amor em calor de verão. Qual ele iria preferir? O que aceitaria receber em seu infinito particular?
Não sei qual seria a resposta dele, mas muitas vezes eu o ouço me chamar para conversarmos, chego a conclusão que o meu aprecia a melancolia, afinal, meus escritos tem gosto e cheiro de inverno.

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